27 de mai. de 2016
Instituto Omolara Brasil: 25 DE MAIO - Dia da Libertação da Africa
Instituto Omolara Brasil: 25 DE MAIO - Dia da Libertação da Africa: “Não será uma reivindicação de valores? A negritude não será uma revisão dos conceitos do Belo, a reabilitação de parâmetros culturais e ...
5 de ago. de 2012
CDD: nova moeda circulará na Cidade de Deus
BANCO COMUNITÁRIO
Arrecadação de Três Rios cresceu R$ 16 milhões
Publicada em 09/08/2011 às 08h34m
Fábio Vasconcellosfabiovas@oglobo.com.brNatanael Damascenonatand@globo.com.br
RIO - Inspirados em exemplos que vêm da Índia e de uma comunidade do estado do Ceará, municípios do Rio começam, aos poucos, a desenvolver uma ideia simples, que pode mudar o desenvolvimento de áreas pobres. Depois de Silva Jardim, que criou no ano passado um banco e sua própria moeda - o capivari -, agora é a vez de a capital aderir ao projeto. Em setembro, será aberto, na Cidade de Deus, o primeiro banco comunitário carioca. Com isso, os moradores da favela poderão trocar cédulas de real por CDD, como será chamado o novo instrumento de compra local. Produtos adquiridos com essa moeda terão pelo menos 5% de desconto. No planejamento da prefeitura, outros dois bancos com a mesma finalidade deverão ser abertos até o primeiro semestre de 2012: um no Complexo do Alemão e o outro na Mangueira.
O anúncio do banco da Cidade de Deus é uma das iniciativas que serão apresentadas amanhã e quinta-feira no II Congresso Fluminense de Municípios, na Zona Portuária. Após anos sem participar de eventos semelhantes, a prefeitura do Rio volta a discutir boas práticas da administração pública que podem ser reproduzidas em outras cidades.
O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico Solidário, Marcelo Henrique da Costa, explica que o Banco da Cidade de Deus vai conceder também empréstimos sem juros em CDD e orientar os moradores a abrirem negócios. O banco é criado numa parceria entre a associação de moradores da favela, o BNDES, a prefeitura e o Instituto Palmas, o mesmo que formulou o Banco Palmas, que funciona em Fortaleza. Hoje já existem 53 bancos comunitários no Brasil.
- Com a moeda comunitária, os moradores da Cidade de Deus têm um incentivo para consumir produtos dos comerciantes locais. Estes, por sua vez, podem ampliar suas vendas. Tudo isso ajuda a dinamizar a economia da comunidade. Estamos criando o banco em parceria com os moradores que aceitaram a proposta. Eles mesmos decidiram qual seria o nome da moeda - diz Costa.
Com a moeda comunitária, os moradores da Cidade de Deus têm um incentivo para consumir produtos dos comerciantes locais. Estes, por sua vez, podem ampliar suas vendas
Além de ideias na área da economia, prefeitos, secretários municipais e de estado vão discutir no congresso propostas para o esporte e a gestão das cidades. De olho nos Jogos Olímpicos, a prefeitura de Volta Redonda, por exemplo, instituiu um programa de incentivo à prática de esportes por crianças e adolescentes. Já Três Rios - uma das cinco cidades do estado que não recebe royalties do petróleo - soube utilizar incentivos fiscais para atrair mais de 850 novas empresas entre 2009 e 2011. Entre elas, grandes indústrias, como a Nestlé e a gigante China Northern Railway, empresa que passará a produzir trens a partir do ano que vem. Segundo a prefeitura, em dois anos a cidade aumentou em R$ 16 milhões a sua arrecadação. O prefeito Vinícius Farah diz que, para atrair os investimentos privados, recorreu não só a uma lei que reduz o ICMS, mas também a uma agência municipal para desburocratizar a instalação das empresas.
De Silva Jardim vem a ideia do primeiro banco comunitário do estado, criado em novembro passado. Batizada de Banco Capivari, a instituição lançou a moeda que leva o mesmo nome e hoje é uma referência para moradores de baixa renda. Os comerciantes que aderiram ao programa concedem descontos em capivari que variam de 5% a 20%. A prefeitura estuda agora aplicar descontos em tributos municipais que forem pagos com o capivari.
A moeda de Silva Jardim já despertou o interesse de outras prefeituras. Segundo o prefeito Marcello Zelão, 30 representantes de outras cidades já estiveram no município para conhecer projeto. Ele conta que o modelo de economia popular é inspirado na proposta do economista Muhammad Yunus, ganhador do Prêmio Nobel da Paz, que fundou um banco na Índia para conceder empréstimos apenas a pessoas pobres.
Silva Jardim estava com sua autoestima em baixa. Criamos o banco com o apoio da Associação Comercial e hoje essa realidade mudou
- Silva Jardim estava com sua autoestima em baixa. Isso era notório quando, por exemplo, o morador comprava em municípios vizinhos produtos que tínhamos aqui com o mesmo preço. Com isso, a nossa economia afundou, estava em crise. Criamos o banco com o apoio da Associação Comercial e hoje essa realidade mudou - garante Zelão.
Morador e comerciante da cidade, Elias Fonseca Cardoso chega a trocar moedas diariamente no banco. Quando não faz isso, utiliza o capivari que recebe dos clientes no seu restaurante em suas próprias compras na cidade. Pela regra do banco comunitário, apenas os comerciantes podem trocar o capivari por real.
- Essa foi uma forma simples de convidar os moradores a gastarem o seu dinheiro no local onde vivem. Como morador e comerciante, achei a proposta muito positiva - diz Elias.
O vice-governador Luiz Fernando Pezão, que participará do congresso, acredita que boas ideias são desenvolvidas pelas prefeituras, porém pouco divulgadas. O evento, segundo ele, tem o objetivo de disseminar essas práticas. Uma delas, criada pelo governo estadual, é o Programa Estadual de Captação e Gestão de Recursos Para Municípios (Pecam). A iniciativa tem ajudado a capacitar os gestores das cidades para que eles consigam ampliar os empréstimos e convênios assinados pelas prefeituras.
- Não adianta inventar a roda. O importante é você copiar os bons exemplos e adequá-los à sua realidade, à sua cidade. Por exemplo, o momento que o Rio vive é algo que pode beneficiar muitas cidades da Região Metropolitana. A capacitação dos gestores municipais é outra questão que pode e tem ajudado muito as cidades que tinham problemas para conseguir empréstimos e assinar convênios - diz Pezão.
De acordo com a Secretaria estadual da Casa Civil, o Pecam ajudou cidades como Macaé. A captação de recursos no município saltou de cerca de R$ 12 milhões para R$ 142 milhões, depois que a prefeitura aderiu ao programa, em setembro de 2009. Cabo Frio, por sua vez, captou cerca de R$ 400 mil entre 1996 e 2008. Em 2009, com a participação no projeto, o volume de recursos subiu para R$ 27 milhões.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/08/09/cdd-nova-moeda-circulara-na-cidade-de-deus-925097209.asp#ixzz1YSaPoXU0
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20 de mar. de 2012
CCC - Consórcio de Competitividade de Cidade de Deus
Reunião de trabalho em CDD sobre novos projetos |
O Consorcio de Competitividade visa aumentar a
competitividade econômica de Cidade de Deus, capitalizando neste avance para
melhorar as condições socioeconômicas para todas suas residentes a través de um
circulo virtuoso de colaboração inter-setoral.
O Consórcio expande as rendas e oportunidades econômicas pela população
de CDD e a qualidade de vida dos residentes,
com três circuitos de ação para competitividade
12 de out. de 2011
Curso de Gestão Empreendedora de Organizações
Com o patrocínio do SESC Rio de Janeiro e a parceria do: Instituto Dona Benta, o Comitê Comunitário da Cidade de Deus e a Agência Cidade de Deus para o Desenvolvimento Local, a EOSS Consulting convida a todos vocês a participarem do Curso de Gestão Empreendedora de Organizações, que acontecerá a partir do dia 19 de Outubro, no Rua Edgard Werneck 1656 - Cidade de Deus (na Agência Cidade de Deus para o Desenvolvimento Local).
O curso é focado para àqueles profissionais e organizações empreendedores que queiram se desenvolver, que estejam dispostos a rever seus objetivos, a modificar procedimentos e a ampliar suas relações e envolvimento com a comunidade onde atuam. Organizações com demandas na área de gestão, com pouca experiência com financiadores privados e necessidade de ampliar sua base de captação de recursos terão prioridade.
Para mais informações ligue para: 021 2471.6844 (Escritório da EOSS Consulting)
20 de set. de 2011
CDD: nova moeda circulará na Cidade de Deus
BANCO COMUNITÁRIO
Publicada em 09/08/2011 às 08h34m
Fábio Vasconcellosfabiovas@oglobo.com.brNatanael Damascenonatand@globo.com.brRIO - Inspirados em exemplos que vêm da Índia e de uma comunidade do estado do Ceará, municípios do Rio começam, aos poucos, a desenvolver uma ideia simples, que pode mudar o desenvolvimento de áreas pobres. Depois de Silva Jardim, que criou no ano passado um banco e sua própria moeda - o capivari -, agora é a vez de a capital aderir ao projeto. Em setembro, será aberto, na Cidade de Deus, o primeiro banco comunitário carioca. Com isso, os moradores da favela poderão trocar cédulas de real por CDD, como será chamado o novo instrumento de compra local. Produtos adquiridos com essa moeda terão pelo menos 5% de desconto. No planejamento da prefeitura, outros dois bancos com a mesma finalidade deverão ser abertos até o primeiro semestre de 2012: um no Complexo do Alemão e o outro na Mangueira.
O anúncio do banco da Cidade de Deus é uma das iniciativas que serão apresentadas amanhã e quinta-feira no II Congresso Fluminense de Municípios, na Zona Portuária. Após anos sem participar de eventos semelhantes, a prefeitura do Rio volta a discutir boas práticas da administração pública que podem ser reproduzidas em outras cidades.
O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico Solidário, Marcelo Henrique da Costa, explica que o Banco da Cidade de Deus vai conceder também empréstimos sem juros em CDD e orientar os moradores a abrirem negócios. O banco é criado numa parceria entre a associação de moradores da favela, o BNDES, a prefeitura e o Instituto Palmas, o mesmo que formulou o Banco Palmas, que funciona em Fortaleza. Hoje já existem 53 bancos comunitários no Brasil.
- Com a moeda comunitária, os moradores da Cidade de Deus têm um incentivo para consumir produtos dos comerciantes locais. Estes, por sua vez, podem ampliar suas vendas. Tudo isso ajuda a dinamizar a economia da comunidade. Estamos criando o banco em parceria com os moradores que aceitaram a proposta. Eles mesmos decidiram qual seria o nome da moeda - diz Costa.
Com a moeda comunitária, os moradores da Cidade de Deus têm um incentivo para consumir produtos dos comerciantes locais. Estes, por sua vez, podem ampliar suas vendas
Arrecadação de Três Rios cresceu R$ 16 milhões
Além de ideias na área da economia, prefeitos, secretários municipais e de estado vão discutir no congresso propostas para o esporte e a gestão das cidades. De olho nos Jogos Olímpicos, a prefeitura de Volta Redonda, por exemplo, instituiu um programa de incentivo à prática de esportes por crianças e adolescentes. Já Três Rios - uma das cinco cidades do estado que não recebe royalties do petróleo - soube utilizar incentivos fiscais para atrair mais de 850 novas empresas entre 2009 e 2011. Entre elas, grandes indústrias, como a Nestlé e a gigante China Northern Railway, empresa que passará a produzir trens a partir do ano que vem. Segundo a prefeitura, em dois anos a cidade aumentou em R$ 16 milhões a sua arrecadação. O prefeito Vinícius Farah diz que, para atrair os investimentos privados, recorreu não só a uma lei que reduz o ICMS, mas também a uma agência municipal para desburocratizar a instalação das empresas.
De Silva Jardim vem a ideia do primeiro banco comunitário do estado, criado em novembro passado. Batizada de Banco Capivari, a instituição lançou a moeda que leva o mesmo nome e hoje é uma referência para moradores de baixa renda. Os comerciantes que aderiram ao programa concedem descontos em capivari que variam de 5% a 20%. A prefeitura estuda agora aplicar descontos em tributos municipais que forem pagos com o capivari.
A moeda de Silva Jardim já despertou o interesse de outras prefeituras. Segundo o prefeito Marcello Zelão, 30 representantes de outras cidades já estiveram no município para conhecer projeto. Ele conta que o modelo de economia popular é inspirado na proposta do economista Muhammad Yunus, ganhador do Prêmio Nobel da Paz, que fundou um banco na Índia para conceder empréstimos apenas a pessoas pobres.
Silva Jardim estava com sua autoestima em baixa. Criamos o banco com o apoio da Associação Comercial e hoje essa realidade mudou
- Silva Jardim estava com sua autoestima em baixa. Isso era notório quando, por exemplo, o morador comprava em municípios vizinhos produtos que tínhamos aqui com o mesmo preço. Com isso, a nossa economia afundou, estava em crise. Criamos o banco com o apoio da Associação Comercial e hoje essa realidade mudou - garante Zelão.
Morador e comerciante da cidade, Elias Fonseca Cardoso chega a trocar moedas diariamente no banco. Quando não faz isso, utiliza o capivari que recebe dos clientes no seu restaurante em suas próprias compras na cidade. Pela regra do banco comunitário, apenas os comerciantes podem trocar o capivari por real.
- Essa foi uma forma simples de convidar os moradores a gastarem o seu dinheiro no local onde vivem. Como morador e comerciante, achei a proposta muito positiva - diz Elias.
O vice-governador Luiz Fernando Pezão, que participará do congresso, acredita que boas ideias são desenvolvidas pelas prefeituras, porém pouco divulgadas. O evento, segundo ele, tem o objetivo de disseminar essas práticas. Uma delas, criada pelo governo estadual, é o Programa Estadual de Captação e Gestão de Recursos Para Municípios (Pecam). A iniciativa tem ajudado a capacitar os gestores das cidades para que eles consigam ampliar os empréstimos e convênios assinados pelas prefeituras.
- Não adianta inventar a roda. O importante é você copiar os bons exemplos e adequá-los à sua realidade, à sua cidade. Por exemplo, o momento que o Rio vive é algo que pode beneficiar muitas cidades da Região Metropolitana. A capacitação dos gestores municipais é outra questão que pode e tem ajudado muito as cidades que tinham problemas para conseguir empréstimos e assinar convênios - diz Pezão.
De acordo com a Secretaria estadual da Casa Civil, o Pecam ajudou cidades como Macaé. A captação de recursos no município saltou de cerca de R$ 12 milhões para R$ 142 milhões, depois que a prefeitura aderiu ao programa, em setembro de 2009. Cabo Frio, por sua vez, captou cerca de R$ 400 mil entre 1996 e 2008. Em 2009, com a participação no projeto, o volume de recursos subiu para R$ 27 milhões.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/08/09/cdd-nova-moeda-circulara-na-cidade-de-deus-925097209.asp#ixzz1YSaPoXU0
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